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Justiça decide mandar a júri popular quatro réus por ataque a assentamento do MST em Tremembé

Assentamento Olga Benário, do MST, em Tremembé, SP. Rauston Naves/TV Vanguarda A Justiça decidiu levar a júri popular os quatro homens acusados de envolvime...

Justiça decide mandar a júri popular quatro réus por ataque a assentamento do MST em Tremembé
Justiça decide mandar a júri popular quatro réus por ataque a assentamento do MST em Tremembé (Foto: Reprodução)

Assentamento Olga Benário, do MST, em Tremembé, SP. Rauston Naves/TV Vanguarda A Justiça decidiu levar a júri popular os quatro homens acusados de envolvimento no ataque a um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Tremembé (SP). A decisão é da última sexta-feira (5) e ainda não há data para o julgamento. Dois réus estão presos e outros dois são considerados foragidos. O ataque aconteceu em janeiro deste ano, no assentamento Olga Benário, na estrada Kanegae. Valdir Nascimento, de 52 anos, e Gleison Barbosa de Carvalho, de 27, foram assassinados a tiros. Outras seis pessoas também ficaram feridas na ação - relembre o caso abaixo. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp Os quatro acusados são: Antônio Martins dos Santos Filho, conhecido como “Nero Do Piseiro” (está preso) Ítalo Rodrigues da Silva (está preso) Gilson da Silva Santos (está foragido) Geonatas Martins Bispo (está foragido) Eles são acusados por homicídio qualificado e tentativa de homicídio. O g1 tenta contato com a defesa dos réus. Na decisão, a Justiça argumentou que o Tribunal do Júri é necessário, pois há indícios e provas suficientes de que os acusados são os autores do crime. No processo, Antônio e Ítalo alegaram que foram ao assentamento para resolver o problema de forma pacífica. A Justiça, porém, entendeu que a investigação prova o contrário. Gilson e Geonatas seguem foragidos. Um quinto suspeito de envolvimento no caso foi preso na última sexta-feira. Apesar disso, ele não está entre os réus que vão a júri. Ataque a assentamento do MST em Tremembé (SP) deixa dois mortos e seis feridos O caso Moradores de um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Tremembé, no interior de São Paulo, foram atacados no início deste ano. O ataque aconteceu no dia 10 de janeiro, no assentamento Olga Benário, na estrada Kanegae. Dois homens morreram e seis ficaram feridos. As vítimas fatais são Valdir Nascimento, que tinha 52 anos, e Gleison Barbosa de Carvalho, que tinha 27. Eles foram assassinados a tiros. Valdir do Nascimento de Jesus, de 52 anos, e Gleison Barbosa de Carvalho, de 27 anos Divulgação/MST Motivação do crime Os promotores do MP responsáveis pelo caso afirmam que o crime foi cometido em meio a uma disputa por lotes do assentamento. “A investigação apontou que um dos autores havia ocupado um lote no assentamento de forma irregular, sendo na oportunidade avisado de que não poderia mais permanecer ali. A situação gerou discussão e ameaças às vítimas, inclusive promessas por parte de um dos autores de que retornaria mais tarde para resolver a questão. Em seguida, ele arregimentou familiares, amigos e conhecidos, tendo retornado ao assentamento no mesmo dia, tarde da noite, para praticar os crimes. No local, os autores efetuaram diversos disparos de armas de fogo, atingindo as vítimas e assumindo o risco de alvejar outras tantas que sequer tomaram parte na discussão”, relatou o Ministério Público em denúncia enviada à Justiça, em março deste ano. O assentamento do MST que foi alvo do ataque fica na zona rural de Tremembé. Reprodução/TV Vanguarda Prisões Os quatro acusados pelo crime tiveram prisões decretadas pela Justiça, após denúncia do Ministério Público. Antônio Martins dos Santos Filho, mais conhecido como “Nero do Piseiro”, foi o primeiro a ser preso. Depois, um outro suspeito - chamado Ítalo Rodrigues da Silva - se entregou à polícia. Homem (de vermelho) suspeito de ter envolvimento em ataque a assentamento do MST se entrega para a polícia em Taubaté, SP Reprodução/TV Vanguarda Os outros dois acusados que vão a júri popular - Geonatas Martins Bispo e Gilson da Silva Santos - estão foragidos. Na tarde da última sexta-feira (5), um quinto suspeito foi preso, em São José dos Campos. Ele ainda não irá a júri popular. Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina